terça-feira, 26 de agosto de 2014

ABRIGO


ABRIGO

Vólia Loureiro do Amaral Lima

Queria, hoje, o teu abraço.
Que ele fosse o meu abrigo,
O meu ninho, todo meu espaço.

Queria, hoje, o teu olhar.
Que a sua luz fosse o meu Sol.
A minha bússola, o meu farol.

Queria, hoje, os teus ouvidos.
Que eles pudessem guardar meu canto,
E os versos que apenas dizem: Amo-te tanto!

Queria, hoje, a tua voz.
Que ela estivesse, branda, macia.
E me cantasse uma canção de ninar.

E, assim, eu adormeceria,
Aninhada em teus braços,
Sob a luz do teu olhar,
Vazia dos meus medos.
E, feliz, eu poderia voltar
A sonhar.


26/08/2014

Um comentário:

  1. Mas uma vez flui a emoção ao ler seu poema Vólia! Quantas vezes precisamos de alguém capaz de nos olhar além da aparência?
    Eu sei você sabe , mas o mundo ignora.
    Ainda bem que temos os versos e nossa poesia bendita!
    Beijos amiga.
    Suely Sette

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