terça-feira, 5 de agosto de 2014


VERSOS NOTURNOS

Vólia Loureiro do Amaral Lima

Vago à noite,
Por entre sonhos
E segredos.
Em passeios noturnos,
De pura fantasia.

Guardo os meus medos,
Na arca dos segredos,
Onde reservo histórias
E secretos enredos.

Tenho esse lado noturno,
Que, por vezes, deixa-me assim.
Soturna a ponto de perder
A magia.

Nessas horas,
A lua é minha companhia,
A ausência da tua voz,
À minha também silencia.

E para que o canto,
Não se transforme em lamento,
Jogo-me assim,
Ao sabor dos ventos,
Até que a saudade se transforme
Em versos.

E os versos noturnos,
Voam quais cometas,
Pequenos vagalumes
Que me guiam de volta,
À minha gaiola de realidade.


04/08/2014

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