A ESPERANÇA DE UM
POETA
Vólia Loureiro do
Amaral Lima
Esperei
tanto tempo pelo teu amor...
E quando te
encontrei, me fiz raio de luar,
Para poder
chegar mansamente,
E, assim,
não te assustar.
Sei que és
um sabiá,
Que vives a
cantar,
Sem pouso ou
parada certa.
Por conta
disso, a porta do meu coração,
Permanece
aberta.
Não entendo
muito dos teus sonhos,
Mas sei
fazer poesia,
Sei
transformar a dor,
Em um poema,
Uma elegia.
E quando te
vejo meu sabiá,
Eu vejo a
dor do teu olhar,
Eu ouço teu
canto,
E com ele me
encanto,
E passo a
sonhar.
Sonho que um
dia possas me olhar,
E, nas tuas
asas, eu também possa voar.
Sonho que no
teu ninho,
Haja, para
mim, um lugar.
E que, por
um segundo, me dediques o teu cantar.
Mas tudo é
apenas sonho...
Quem sou eu,
um pobre poeta,
Para desejar
chegar às estrelas,
Levado pelas
tuas asas!
Só o que me
resta é sonhar...
E ficar na
janela,
Varando as
madrugadas,
Esperando os
raios de Sol,
Na esperança
angustiosa,
De ouvir teu
canto,
E te ver
voando ao longe,
E assim,
manter esse encanto,
Que me faz
te amar tanto,
A ponto de
me esquecer de mim.
08/08/2014
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