PROFUNDEZAS
Vólia Loureiro do Amaral Lima
Quem dera
poder dar-me a conhecer...
Lago de
águas profundas eu sou.
A luta da
ambiguidade,
Entre o
santo e o profano,
Entre a
sombra e a Luz.
Quem dera
poder conhecer
Todos os
caminhos por onde
Anda meu coração.
Sou
caminheiro constante,
Que me perco
nas noites estreladas,
Que me
encanto com a doçura de um olhar.
Quem dera
saber de mim!
Talvez fosse
mais fácil,
Mostrar- te
meus caminhos,
Meus
códigos,
Meus
segredos...
Mas até para
mim sou mistério.
Não tenho
como te ensinar a me decifrar.
Esfinge de
sonhos.
Mas não
temas, não te devorarei.
Permaneço
assim, indecifrável.
Encantada,
ignota.
Esse é o meu
mistério,
Um lago
profundo,
Um par de
olhos que miram o céu,
Perscrutando
as estrelas,
Uma mente
que sonha,
E uma alma
fugidia,
Que ama, mas
que vive a voar pelas madrugadas,
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