terça-feira, 19 de agosto de 2014

PROFUNDEZAS



PROFUNDEZAS

Vólia Loureiro do Amaral Lima

Quem dera poder dar-me a conhecer...
Lago de águas profundas eu sou.
A luta da ambiguidade,
Entre o santo e o profano,
Entre a sombra e a Luz.

Quem dera poder conhecer
Todos os caminhos por onde
Anda meu coração.
Sou caminheiro constante,
Que me perco nas noites estreladas,
Que me encanto com a doçura de um olhar.

Quem dera saber de mim!
Talvez fosse mais fácil,
Mostrar- te meus caminhos,
Meus códigos,
Meus segredos...
Mas até para mim sou mistério.

Não tenho como te ensinar a me decifrar.
Esfinge de sonhos.
Mas não temas, não te devorarei.
Permaneço assim, indecifrável.
Encantada, ignota.

Esse é o meu mistério,
Um lago profundo,
Um par de olhos que miram o céu,
Perscrutando as estrelas,
Uma mente que sonha,
E uma alma fugidia,
Que ama, mas que vive a voar pelas madrugadas,

Esperando pela poesia.

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