ROSA NEGRA
Vólia Loureiro do Amaral Lima
Ah! Rosa
Negra!
Por que
foges de mim?
Por que te
escondes assim
Dos meus
raios de Sol?
Temes, por
acaso,
Que eu te
creste as pétalas?
Mas eu posso
ser para ti arrebol.
Ou quem sabe
uma mansa alvorada?
Antes, procuravas
me enfeitiçar,
Promessas de
amor,
Lindos
sonhos,
Madrugadas
felizes.
E o meu
verso,
Era para ti
orvalho.
Julguei que
olharias para mim,
Sempre com
olhos de Primavera.
Mas, o
inverno tomou conta de ti,
E o teu
coração se enregelou,
E do doce sentimento,
nada sobrou.
Apenas os
espinhos é o que me ofertas.
E eu já nem
sei como em ti chegar,
São tantos
espinhos,
Que o meu
carinho vai ficando ferido
Pelo
caminho.
Ah! Rosa
negra,
Se soubesses
o amor que para ti tenho guardado!
Se soubesses
da poesia,
Se soubesses
da alegria!
Mas o teu
coração deseja me esquecer...
E eu já nem
me pergunto mais por quê.
Já depus as
armas,
Já me imolei
nessa batalha inglória.
Agora só
espero que a noite caia sobre mim,
E que algum
vento me leve para distante,
Porque
voltei a ser um coração errante,
Que um dia
se encantou por uma Rosa negra.
15/08/2014
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