ESTRELA D’ALVA
Vólia Loureiro do Amaral Lima
A noite já
ia alta,
E o céu se
fazia ribalta
De uma
cornucópia de estrelas,
E lá na
Terra, sob o seu dossel dourado,
Dormia a
linda donzela.
Bem se
imagina o que sonhava,
Ali, no
leito, aquecida e aninhada,
Sonhava com
o amor,
Com
histórias de um reino distante
Onde lá
encontraria o seu cavaleiro errante.
Não sabia
ela,
A adormecida
donzela,
Que o amor
jazia ali tão perto;
Vagando
pelas estrelas,
Daquele céu
tão deserto.
Lá do céu,
ele a adorava,
E por causa
dela,
Lindos
poemas criava,
E os
espalhava
Entre as
estrelas
Incontáveis
do infinito céu.
Mas, a bela
distraída,
No seu leito
adormecida,
De nada se
apercebia.
Não via o
brilho das estrelas,
Que pulsavam
poemas de amor
Espalhados a
mancheias,
Pelo seu secreto
admirador.
Até que
certa noite,
Os poemas
eram tantos,
Brilhando no
céu a falar
De amor,
E a donzela
distraída,
A sonhar não
os notou.
Que Deus ,
Apiedado do
poeta,
E por amar
as suas
Canções de
amor,
Ajuntou o
brilho destas,
Em um brilho
maior,
E a Estrela
D’Alva criou.
13/08/2013
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