domingo, 3 de agosto de 2014



ESTRELA D’ALVA

Vólia Loureiro do Amaral Lima

A noite já ia alta,
E o céu se fazia ribalta
De uma cornucópia de estrelas,
E lá na Terra, sob o seu dossel dourado,
Dormia a linda donzela.

Bem se imagina o que sonhava,
Ali, no leito, aquecida e aninhada,
Sonhava com o amor,
Com histórias de um reino distante
Onde lá encontraria o seu cavaleiro errante.

Não sabia ela,
A adormecida donzela,
Que o amor jazia ali tão perto;
Vagando pelas estrelas,
Daquele céu tão deserto.

Lá do céu, ele a adorava,
E por causa dela,
Lindos poemas criava,
E os espalhava
Entre as estrelas
Incontáveis do infinito céu.

Mas, a bela distraída,
No seu leito adormecida,
De nada se apercebia.
Não via o brilho das estrelas,
Que pulsavam poemas de amor
Espalhados a mancheias,
Pelo seu secreto admirador.

Até que certa noite,
Os poemas eram tantos,
Brilhando no céu a falar
De amor,
E a donzela distraída,
A sonhar não os notou.


Que Deus ,
Apiedado do poeta,
E por amar as suas
Canções de amor,
Ajuntou o brilho destas,
Em um brilho maior,
E a Estrela D’Alva criou.

13/08/2013


Nenhum comentário:

Postar um comentário