GUERRA E PAZ
Guerra – estado de crise,
desalinho de idéias e de sentimentos, estado de violência, de conflitos
interiores e exteriores. Podemos começar uma guerra simplesmente com um olhar.
Um olhar de indiferença, de frieza, de ressentimento. Às vezes, a guerra é
fria, silenciosa, e machuca mais a alma, dilacerando o coração. Feita aos
pouquinhos, no dia a dia. Em poucas horas, que se acumulam e se tornam
infinitas. Podemos começar a guerra ignorando olhares, mãos estendidas, pedidos
inusitados... Ignorando gestos de carinho, de atenção, boa vontade. Uma guerra
começa por pouca coisa e pode durar uma vida inteira. A guerra da submissão,
que tira o direito da liberdade, em todos os sentidos. Guerra dolorosa,
silenciosa, opressora.
Estamos imersos em um mundo, por
vezes, desumano e cruel. A vida banalizada aterroriza. Onde foi parar a paz que
ontem permitia cercas sempre abertas, para facilitar a interação entre os
vizinhos? Onde foi parar o amor, a solidariedade, o olho no olho, a compaixão?
Se formos adentrar nesse terreno
onde habita a crueldade, muitas perguntas precisarão ser feitas...
As cercas eletrificadas nos
tornam reféns
do medo, nossas vidas devassadas pelas câmeras, no BIG BROTHER da modernidade,
são para a nossa pretensa segurança. Precisamos de Paz... Mas, o que é a paz?
Paz não é necessariamente a ausência de guerra. Como já diz a música do Rappa, “Paz
sem voz, não é paz, é medo”.
Paz – estado de plenitude,
sintonia de idéias e sentimentos, serenidade das emoções, harmonia externa e
interna. Tantas definições explicam o que é a paz, mas só quem já viveu a
ausência desta, sabe o que ela significa.
Paz é a calma da consciência
tranqüila, é andar sem medo pelas ruas, acreditando que sempre voltaremos para
casa ao entardecer.
A paz está presente no sorriso
sem medo da criança, que brinca inocente com seu brinquedo. Sentir paz é
assistir ao por do Sol por trás da montanha distante e saber admirar este
espetáculo divino. É olhar devagar a estrada larga que aponta o horizonte da
vida; ouvir o barulho da chuva fina que embala o sono. Paz é silêncio que se
faz prece.
Guerra e paz, elementos que vivem
em nosso íntimo, dois lobos que se alimentam da nossa emoção. Vivemos sempre em
guerra, apenas em poucos momentos sentimos a paz.
Vivemos em eterna batalha pela
sobrevivência, há lutas bonitas, de ideais nobres, e lutas horríveis, de
violência sem sentido. A guerra só tem sentido quando lutamos contra nós
mesmos, na busca de educarmos as nossas imperfeições. A guerra contra o outro é
crime, é violência e não leva à paz.
Como podemos encontrar a paz, se
não nos bastamos, se somos gananciosos, sempre a busca de mais e mais? Tanta
vaidade, egoísmo, falta de amor... O mundo precisa de pessoas com atitudes de
paz! Temos de priorizar a nossa essência, entrar em sintonia com nosso bem
maior: Deus! Para sermos merecedores de um mundo mais justo, onde as pessoas
possam se libertar do ódio, das aflições.
Podemos espalhar a paz com as
mínimas coisas, com pequenas atitudes no desfiar das horas, que transformarão
os sentimentos, trarão ânimo e esperança, sendo adubo em terra infértil. A paz
encontra-se ao alcance de quem tem luz, quer espalhar luz, quer receber
luz. Encontra-se na humildade de ouvir, de entender e aceitar... Na
cumplicidade e partilha, no desejo de estar junto, de permanecer junto.
Vamos nos unir, contra as
imperfeições que há no mundo, contra essa guerra insana, que brota de corações
duros, que só visam lucros. Vamos lutar contra a crueldade, contra a miséria,
as diferenças sociais. Sobretudo, vamos acreditar no plantio, tendo certeza de
que esse nos trará bons frutos, projetando em nossas crianças, que, no futuro,
teremos um mundo melhor. O mundo precisa de paz, de flores que enfeitam a vida,
das vidas que trabalham para cultivá-las. Cultivemos a paz.
A paz vem de dentro, da nossa atitude em baixar as armas. Ela só é
possível quando vem do íntimo de cada um. Só podemos pensar em paz exterior,
quando conseguimos a paz internamente. Não é impossível quando queremos nos
libertar do ódio. Podemos transmitir amor com apenas um gesto, um sorriso,
assim conseguiremos fazer a diferença. Então vamos sonhar com um mundo sem
guerras, ainda temos o direito de sonhar e ter esperança em um mundo melhor.
Cabe, a cada um de nós, extinguir
os conflitos internos e externos, frutos do nosso egoísmo e orgulho e, adotando
a humildade deixar a paz florescer em nós, lembrando da promessa do Cristo no
Sermão do Monte, quando declarou que bem-aventurados são os pacíficos, porque
possuirão a Terra.
“Eu quero a paz de criança
dormindo” diz a letra de uma linda canção... Busquemos a paz em nós, e façamos
com ela, no mundo, uma epidemia de amor!
“A Humanidade tem de acabar com a
guerra, antes que a guerra acabe com a Humanidade.”
John F. Kennedy
(Texto a cinco mãos elaborado pelas escritoras Cristiane Vilarinho,
Maria Luíza Faria, Nell Morato, Suely Sette e Vólia Loureiro)
PARABÉNS PRINCESAS!!
ResponderExcluirMAIS UM BELÍSSIMO TEXTO QUE NOS LEVA A REFLEXÃO.
Obrigada querida Sandra Rebelo!
ExcluirÉ de se apaixonar com os textos dessas princesas maravilhosas. Linda descrição de "guerra e paz"! Parabéns a todas.
ResponderExcluirObrigada Thiago França!
ExcluirSozinhas vocês já são demais. Quando se reúnem nas salas secretas do palácio se tornam imbatíveis.
ResponderExcluirMuito bem descrita a guerra velada, escondida, fria, as vezes imperceptíveis à olhos menos sensíveis. Essa guerra mata mais que qualquer outra. Mata a ALMA.
Parabéns, princesas.
Beijos mil!!!!
Patty Freitas
Obrigada Patty Freitas!
ExcluirEsse texto me tocou :)
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMaravilhoso texto. Mas sobraram perguntas no meu atribulado pensar... Se a paz é um "estado de espírito", o bandido que se encontra em uma solitária, a paz é uma guerra constante contra ele. A pessoa invejosa se sente bem com seu ato. Os corruptos após seus crimes inescrupulosos também tem paz de espírito...Pois se não tivessem não os cometeriam cada vez mais audaciosos. O que pode ser paz para uns, pode não ser para outros e assim pode ser com a guerra... Ou não?
ResponderExcluirAmigo Osny, acreditamos que a verdadeira paz é a da consciência que se encontra aliada com a lei divina. Isto independe de crer ou não em Deus, mas a noção de certo e errado está gravada em nossa consciência. Um criminoso, o invejoso pode até sentir prazer no mal, mas não paz. Além do que, se a paz verdadeira é interior, ela pode conviver com a guerra exterior. A paz divina só acontecerá quando todos compreenderem o seu sentido. Quando entenderem a importância de amar ao próximo como a si mesmo. Esse é um trabalho individual. Assim acreditamos.
Excluir“Podemos começar uma guerra simplesmente com um olhar. “
ResponderExcluirE com um olhar, sobre esse olhar, podemos virar refletores da luz da paz.
“A paz está presente no sorriso sem medo da criança, que brinca inocente com seu brinquedo.”
Para mim a fase da infância é o local onde o estado de paz está mais presente, pois ainda não temos a consciência do que se passa ao nosso redor. Ainda não é possível ao homem sentir toda a plenitude da paz, temos muito ainda a evoluir.
Resta-nos usufruirmos desses flashes de paz e cantar a melodia do amor ao próximo. E quem sabe assim...
“Tecendo a Manhã
Um galo sozinho não tece uma manhã.
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
João Cabral de Melo Neto
Parabéns princesas , adorei!
Obrigada querida Claudiane Ferreira, pelo rico comentário!
ExcluirBoa noite queridas amigas e criaturas de almas elevadas, nós clamamos pela Paz no mundo. Mas, para que isto possa realmente acontecer, é necessário uma conscientização em massa, nos povos de todas as nações e até de várias religiões. A guerra gerou um grande avanço no progresso dos homens, porém, ficaram contaminados pelos vírus da guerra; pelo poder, pela riqueza e ostentar uma bandeira do Orgulho de ser. Por ser uma criatura inteligente ainda não se apercebeu de que o que buscam não está nas coisas materiais, mas sim, dentro si, no seus Espírito ou Alma como queiram denominar, o verdadeiro caminho de encontrar a Paz, a Luz Divina é sincronizar-se a Deus, em busca do seu próprio equilíbrio para poder em conjunto retomar o equilíbrio do planeta e do universo e só assim conseguiremos a verdadeira Paz no mundo e a todos os seres humanos e aos demais seres vivos que habitam a Terra o Planeta criado e dado por DEUS para que cuidemos como nossa própria vida. Parabéns lindas cabeças perfeito seus trabalhos deseja muita Paz e Luz na vida de vocês. Do amigo escritor e poeta Newber Macieira
ResponderExcluir28/11/2014 as 18:34 horas.
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Obrigada amigo Newber Macieira, pelas palavras tão lúcidas, concordamos plenamente com elas.
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