quarta-feira, 12 de novembro de 2014

QUEM CONTA UM CONTO... CONTA A CINCO MÃOS - FELICIDADE, REALIDADE OU UTOPIA?


FELICIDADE... REALIDADE OU UTOPIA?

O que é felicidade? Tem gente que não acredita nela, acha que é mera utopia. Porém, a felicidade existe, o problema é compreender o que ela significa. Muito se tem falado sobre tal assunto, em reportagem de jornais, revistas, programas de variedades e, até mesmo, em enredo de novela. Todos têm uma fórmula mágica que se propõe a nos ensinar a encontrá-la em sua plenitude, porém, essa fórmula não existe. A felicidade, entretanto, existe, é um estado de espírito. Todo ser é único, por isso o conceito de felicidade é diferente para cada um, e varia de acordo com o entendimento que se tem do assunto. Aquilo que é motivo de felicidade para um, poderá não o ser para outrem, sim, porque a felicidade só existe quando há um elo entre o ardente desejo e as necessidades verdadeiras. Tem gente que acha que a felicidade é o eterno estado de êxtase, de encantamento, aquela sensação que, vez em quando, sentimos, de termos borboletas voando em nosso peito. Mas, isso não é felicidade, pois os sentimentos de exaltação produzem uma falsa sensação de prazer, que é passageira, tem curta duração.
 A verdadeira felicidade está relacionada com a autoaceitação, o autoamor. Quando conseguimos nos amar e nos aceitar do jeito que somos, com todas as nossas qualidades e defeitos, passamos a compreender melhor o outro; tal fato produz uma sensação de paz e bem estar. A isso chamamos de felicidade.
Fatores externos determinam muitas coisas em nossa vida, mas não são responsáveis pela nossa felicidade, pois esta, quando encontrada e compreendida, sabe dominar as situações adversas, que passam a serem vistas sem as lentes de aumento, usadas por aqueles que veem tudo pela ótica do pessimismo. Se estivermos bem e em paz, fica mais fácil seguirmos os caminhos tortuosos da vida. Podemos ser felizes mesmo diante das dificuldades, das perdas, das agressões. Não que esses problemas nos fiquem indiferentes, porém, eles não são capazes de nos fazer desmoronar.
A felicidade não é um anseio por um tempo perfeito, por uma vida perfeita, ela não se resume a isso, é, sim, uma busca pelo equilíbrio. Primeiramente é preciso saber o que buscamos na vida e, detectado o nosso objetivo, poderemos, então, partir em busca da felicidade tão desejada, pois esta é o encontro do equilíbrio entre as nossas necessidades materiais e espirituais. Para uns, ela vem em partículas que se espalham e contagiam... Que deixam pontos de luz, indicando caminhos e direções. Dura por tempo indeterminado. As verdadeiras partículas de felicidade conseguem se desviar e sobreviver aos terremotos, às tempestades, às quedas que encontram pelo caminho. Enxugam as mais salgadas lágrimas, se irrigam com as doces... Está nos olhares, se encontra na simplicidade, nas pequenas coisas, nas belezas simples do dia a dia, nos carinhos do cotidiano, na consciência do dever cumprido, no amor correspondido, nas amizades valiosas, nos detalhes sutis, nas surpresas... Esta é um estado durável de satisfação, onde nos sentimos plenamente realizados. Porém, para outros, a felicidade se perde pelo caminho, não consegue transpor os rios, nem enfrentar os ventos fortes. É frágil e se sustenta em coisas, em momentos, nos prazeres efêmeros, em pessoas. Tenta fazer morada, mas, não encontra abrigo. Não tem suporte, nem estrutura. Os olhos que a procuram não enxergam seus encantos, não tem duração.
A felicidade é uma opção, uma forma de ver a vida pelo prisma da beleza, do otimismo, do amor. Esperar que esta venha bater à nossa porta é a grande ilusão. Esperar que o sucesso, a fortuna, o príncipe ou a princesa dos sonhos apareçam em nossa vida, como um passe de mágica, por um golpe de sorte, nos trazendo a felicidade, é uma ilusão infantil, porque o que está fora de nós não é capaz de nos fazer felizes. Precisamos buscar a felicidade em nosso íntimo. Em sua busca é preciso ação, mudança de atitude na forma de ver a vida, de encarar os problemas. Isso pode, às vezes, criar conflito com algumas pessoas, e, sem que seja por nossa vontade, a nossa felicidade pode fazer alguém infeliz, porém, a todo momento, estamos ganhando e perdendo, isso faz parte do aprendizado. Desde que não pratiquemos o mal, prejudicando o outro, nós não podemos nos responsabilizar pela autorrealização alheia.   Se a felicidade vive dentro de nós, podemos permitir que ela se externe, podemos libertá-la e aprender a vivê-la, deixando que ela inunde tudo à nossa volta. A felicidade é a soma dos pequenos momentos e as pequenas ações do dia a dia. É fazer as coisas com prazer, alegria.  É como abrir a janela e ver o Sol brilhando ou uma chuva que refresca o dia. É, enfim, o reino dos céus dentro de nós, a crescer e a nos ensinar, a cada dia, mais humanos sermos.

“A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz.”   – Sigmund Freud.

“Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.” - Carlos Drummond de Andrade.



Um comentário:

  1. Parabéns mais uma vez, Princesas!! A felicidade contagiando e inspirando cada dia mais!! Perfeito!!! Bjs!

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