quarta-feira, 1 de outubro de 2014

QUEM CONTA UM CONTO... CONTA A CINCO MÃOS - PRECONCEITO A CEGUEIRA DA ALMA



PRECONCEITO, A CEGUEIRA DA ALMA

O olhar que não vê por dentro...O olhar do preconceito. Pesam as imposições, os tabus, as regras ditadas por gerações após gerações, por culturas equivocadas, que não se abrem a outros horizontes.
Preconceito é o conceito preestabelecido sobre alguma coisa. Tão antigo e nos parece sobrando nesse mundo globalizado, onde a tecnologia domina quase tudo e todos. Mas não está sobrando, está forte, enraizado em algumas pessoas.
“Mais fácil desintegrar um átomo do que acabar com um preconceito”, já disse o grande físico Albert Einstein. Imagine como seria chato se vivêssemos em um mundo onde todos fossem iguais; se vestissem iguais, pensassem iguais, agissem da mesma forma. Certamente o progresso não teria acontecido e a Humanidade não existiria mais na face da Terra. Sim, porque as diferenças são responsáveis pelo progresso, pelas mudanças. Tememos o que é diferente, o novo, o inconsciente nos faz querer permanecer na zona de conforto do conhecido, então o que é desconhecido nos incomoda. Eis a origem do preconceito.
O preconceito está embutido sutilmente nas pequenas atitudes, em conceitos considerados normais e muito comuns, não tidos como ofensas, mas, apenas opiniões. Seja como for, preconceito é irracionalidade, ignorância e maldade humana. Discriminação gratuita e sem fundamento, somos todos iguais, não importa a cor da pele, a idade, a orientação sexual, a religião, a origem, o aspecto físico. Como achar que temos o direito de segregar, separar por classes quem caminha conosco? Não somos juízes de nada, nem de ninguém.
Pessoas preconceituosas não têm fundamentos em suas ideias, são tolas o suficiente para apenas se aceitarem. Não percebem que o mundo não gira apenas em torno de si, aceitam o que lhes é semelhante e aquilo que é diferente, que não faz parte do seu conhecimento, que não é usual, é logo taxado de errado, de pecado e rechaçado pelo preconceito. Isso demonstra pequenez espiritual.
É muito fácil identificar o preconceito na conduta alheia, julgar o que o outro pensa. Mas, quando se trata de identificá-lo em nós, a coisa muda de figura, porque sempre encontramos desculpas para considerar as nossas atitudes e julgamentos como  justos e normais. Até nisso somos preconceituosos!
O preconceito muitas vezes é fruto da nossa preguiça mental e da nossa acomodação. Muita gente tem preguiça de pensar, de procurar entender uma situação e só então fazer juízo do fato, preferem seguir a maioria, acreditando erroneamente no velho dístico: “ A voz do povo é a voz de Deus”. Enquanto isso, uma minoria, que pensa, acaba ditando os costumes, sejam eles bons ou ruins. Esbarramos em atitudes preconceituosas, ofensivas, o tempo inteiro e, no entanto, muitas vezes, só levantamos a bandeira quando a maioria se impõe, quando seremos notados e a nossa opinião será questionada também.  Já é tempo de usarmos a razão e entendermos que preconceito, além de burrice, é crime!
Existem leis que punem a discriminação, embora quando cheguem a buscar à Justiça, as vítimas do preconceito já tenham sido massacradas e humilhadas. Medidas preventivas, educação e conscientização são necessárias no combate a esse mal. É preciso muita cautela para que não se prejudique ainda mais às vítimas.  Acabar com o preconceito exige paciência e tempo. É imprescindível perceber que a vida só é bela por conta da diversidade e que ninguém tem o direito de ditar a forma de ser do seu semelhante. É imperdoável classificar as pessoas pelas suas diferenças. Cada um tem o seu lugar no Universo e tem algo de bom a ensinar.
A ignorância que alimenta a falsa ideia de que uma pessoa é superior à outra, é a mesma que leva à morte e destruição de muitas vidas. Todos nascem crianças igualmente inocentes e puras. Aprendamos a amar o nosso próximo aceitando-lhe as diferenças. Vamos dizer não ao preconceito é construir um mundo melhor, pois o respeito à diferença é condição essencial à evolução.

Fiquemos com a lição do Nélson Mandela: “A única arma para melhorar o planeta é a Educação com ética. Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”

7 comentários:

  1. Olá Princesas literárias,

    Como eu estava falando com a Princesa Maria Luiza, o blog de vc's está servindo de utilidade pública ao abordar um assunto tão importante.

    Primeiro ele me faz lembrar de um filme que adoro: Melhor é impossível. Melvim, personagem de Jack Nicholson além de sofrer de TOC, é um preconceituoso, mesquinho e solitário, que se abre, ao se abrir para relacionamentos novos.

    Costumo dizer que a melhor maneira de combatermos um preconceito é a convivência, conviver com o diferente, para ai então termos a oportunidade de sermos desnudados e rasgados de odioso ranço.

    Um beijo a todas e um grande abraço a todos os leitores deste blog!

    Leonard N. Oliveira

    umlugarparaestar.blogspot.com.br

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    3. Leo Oliver, obrigada pela visita e considerações brilhantes!
      Realmente conviver é uma boa maneira de combatermos este câncer da alma chamado preconceito.
      Que saibamos educar nossas crianças...Utopia?
      Não creio, acho possível e preciso.
      Que saibamos educar melhor nossos filhos...
      Abraço literário.
      Suely Sette e Princesas do castelo

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  2. José Matos O preconceito é uma coisa horrível, repugnante, uma prova de que a ignorância impera entre os povos. Mas por outro lado falta a consciência de quem é tida como vítima. Eu acho que as pessoas tem que se valorizarem, tem que se conscientizarem que não é a cor da pele, a condição social, a orientação que faz o ser humano ser mais ou menos gente, mas sim o caráter de cada um. Mas, os negros, os pobres, os deficientes, enfim, as pessoas "diferentes" tem de se darem conta que apesar de se acharem diferentes, são iguais a todo mundo e não se sentirem diminuídos, isso mesmo o preconceito já vem da própria pessoa que se acha menos, então há que se valorizar, ter a consciência de que todos terão o mesmo destino: Todos vão morrer e virar comida de vermes, todos serão iguais depois que o sangue gela, porque não sermos iguais enquanto o sangue circula quente? Vamos dar as mãos e celebrarmos esta diferença que nos torna tão iguais...Parabéns a todas vocês.
    José Matos

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    1. Amigo postei aqui seu comentário por sentir a importância de suas verdades ditas.Obrigada.
      Abraços.
      Suely Sette e Princesas do Castelo

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  3. Oi bom dia..
    Lindo texto reflexivo.

    livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br

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