PRECONCEITO, A CEGUEIRA
DA ALMA
O olhar que não vê por dentro...O olhar do preconceito. Pesam
as imposições, os tabus, as regras ditadas por gerações após gerações, por
culturas equivocadas, que não se abrem a outros horizontes.
Preconceito é o conceito preestabelecido sobre alguma coisa.
Tão antigo e nos parece sobrando nesse mundo globalizado, onde a tecnologia
domina quase tudo e todos. Mas não está sobrando, está forte, enraizado em
algumas pessoas.
“Mais fácil desintegrar um átomo do que acabar com um
preconceito”, já disse o grande físico Albert Einstein. Imagine como seria
chato se vivêssemos em um mundo onde todos fossem iguais; se vestissem iguais,
pensassem iguais, agissem da mesma forma. Certamente o progresso não teria
acontecido e a Humanidade não existiria mais na face da Terra. Sim, porque as
diferenças são responsáveis pelo progresso, pelas mudanças. Tememos o que é
diferente, o novo, o inconsciente nos faz querer permanecer na zona de conforto
do conhecido, então o que é desconhecido nos incomoda. Eis a origem do
preconceito.
O preconceito está embutido sutilmente nas pequenas atitudes,
em conceitos considerados normais e muito comuns, não tidos como ofensas, mas,
apenas opiniões. Seja como for, preconceito é irracionalidade, ignorância e maldade
humana. Discriminação gratuita e sem fundamento, somos todos iguais, não
importa a cor da pele, a idade, a orientação sexual, a religião, a origem, o
aspecto físico. Como achar que temos o direito de segregar, separar por classes
quem caminha conosco? Não somos juízes de nada, nem de ninguém.
Pessoas preconceituosas não têm fundamentos em suas ideias,
são tolas o suficiente para apenas se aceitarem. Não percebem que o mundo não
gira apenas em torno de si, aceitam o que lhes é semelhante e aquilo que é
diferente, que não faz parte do seu conhecimento, que não é usual, é logo
taxado de errado, de pecado e rechaçado pelo preconceito. Isso demonstra
pequenez espiritual.
É muito fácil identificar o preconceito na conduta alheia,
julgar o que o outro pensa. Mas, quando se trata de identificá-lo em nós, a
coisa muda de figura, porque sempre encontramos desculpas para considerar as
nossas atitudes e julgamentos como justos e normais. Até nisso somos
preconceituosos!
O preconceito muitas vezes é fruto da nossa preguiça mental e
da nossa acomodação. Muita gente tem preguiça de pensar, de procurar entender
uma situação e só então fazer juízo do fato, preferem seguir a maioria,
acreditando erroneamente no velho dístico: “ A voz do povo é a voz de Deus”.
Enquanto isso, uma minoria, que pensa, acaba ditando os costumes, sejam eles
bons ou ruins. Esbarramos em atitudes preconceituosas, ofensivas, o tempo
inteiro e, no entanto, muitas vezes, só levantamos a bandeira quando a maioria
se impõe, quando seremos notados e a nossa opinião será questionada também. Já é tempo de usarmos a razão e entendermos
que preconceito, além de burrice, é crime!
Existem leis que punem a discriminação, embora quando cheguem
a buscar à Justiça, as vítimas do preconceito já tenham sido massacradas e
humilhadas. Medidas preventivas, educação e conscientização são necessárias no
combate a esse mal. É preciso muita cautela para que não se prejudique ainda
mais às vítimas. Acabar com o
preconceito exige paciência e tempo. É imprescindível perceber que a vida só é
bela por conta da diversidade e que ninguém tem o direito de ditar a forma de
ser do seu semelhante. É imperdoável classificar as pessoas pelas suas
diferenças. Cada um tem o seu lugar no Universo e tem algo de bom a ensinar.
A ignorância que alimenta a falsa ideia de que uma pessoa é
superior à outra, é a mesma que leva à morte e destruição de muitas vidas. Todos
nascem crianças igualmente inocentes e puras. Aprendamos a amar o nosso próximo
aceitando-lhe as diferenças. Vamos dizer não ao preconceito é construir um
mundo melhor, pois o respeito à diferença é condição essencial à evolução.
Fiquemos com a lição do Nélson Mandela: “A única arma para melhorar o planeta é a Educação com ética. Ninguém
nasce odiando outra pessoa pela cor da pele, por sua origem ou ainda por sua
religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a
odiar, podem ser ensinadas a amar.”
Olá Princesas literárias,
ResponderExcluirComo eu estava falando com a Princesa Maria Luiza, o blog de vc's está servindo de utilidade pública ao abordar um assunto tão importante.
Primeiro ele me faz lembrar de um filme que adoro: Melhor é impossível. Melvim, personagem de Jack Nicholson além de sofrer de TOC, é um preconceituoso, mesquinho e solitário, que se abre, ao se abrir para relacionamentos novos.
Costumo dizer que a melhor maneira de combatermos um preconceito é a convivência, conviver com o diferente, para ai então termos a oportunidade de sermos desnudados e rasgados de odioso ranço.
Um beijo a todas e um grande abraço a todos os leitores deste blog!
Leonard N. Oliveira
umlugarparaestar.blogspot.com.br
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ExcluirLeo Oliver, obrigada pela visita e considerações brilhantes!
ExcluirRealmente conviver é uma boa maneira de combatermos este câncer da alma chamado preconceito.
Que saibamos educar nossas crianças...Utopia?
Não creio, acho possível e preciso.
Que saibamos educar melhor nossos filhos...
Abraço literário.
Suely Sette e Princesas do castelo
José Matos O preconceito é uma coisa horrível, repugnante, uma prova de que a ignorância impera entre os povos. Mas por outro lado falta a consciência de quem é tida como vítima. Eu acho que as pessoas tem que se valorizarem, tem que se conscientizarem que não é a cor da pele, a condição social, a orientação que faz o ser humano ser mais ou menos gente, mas sim o caráter de cada um. Mas, os negros, os pobres, os deficientes, enfim, as pessoas "diferentes" tem de se darem conta que apesar de se acharem diferentes, são iguais a todo mundo e não se sentirem diminuídos, isso mesmo o preconceito já vem da própria pessoa que se acha menos, então há que se valorizar, ter a consciência de que todos terão o mesmo destino: Todos vão morrer e virar comida de vermes, todos serão iguais depois que o sangue gela, porque não sermos iguais enquanto o sangue circula quente? Vamos dar as mãos e celebrarmos esta diferença que nos torna tão iguais...Parabéns a todas vocês.
ResponderExcluirJosé Matos
Amigo postei aqui seu comentário por sentir a importância de suas verdades ditas.Obrigada.
ExcluirAbraços.
Suely Sette e Princesas do Castelo
Oi bom dia..
ResponderExcluirLindo texto reflexivo.
livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br