quarta-feira, 24 de setembro de 2014

QUEM CONTA UM CONTO...CONTA A CINCO MÃOS - AMOR E SEXO



AMOR E SEXO

Amor é a força vital que comanda a vida. Em todas as suas formas: Eros, Filos, Ágape, o amor é o mais valoroso de todos os sentimentos, este liberta, impulsiona, encoraja e se dividido se multiplica.
Sexo é a parte encantada da vida, aquela que faz mudar qualquer clima. É o toque das mãos que buscam no contorno dos corpos o abrigo de uma fusão perfeita.
Amor e sexo se completam de forma prazerosa. É como chocolate e morango. Encaixam-se em uma sintonia perfeita, dependendo de como é vivido. Como diz a cantora Rita Lee: “Amor é prosa, sexo é poesia”.
Amor você conquista, e, com o tempo, vai construindo seu mundo, seu castelo de prazer... Sexo não. São apenas alguns minutos de êxtase! Vive-se sem sexo, sem amor não. Este transcende a alma, é o que dá vida, é o que faz o sexo valer a pena. Sexo é a satisfação que o corpo pede para completar esta essência. O amor, em todas as suas formas é glorificado, é colocado acima de qualquer sentimento. O sexo é rodeado de tabus, de preconceitos, associam-no ao pecado, mas, pecado é a forma como ele é tratado, como ele é vivido. Entre as diversas culturas, há uma visão, ora liberal, ora proibida. Ainda existem alguns tabus religiosos e científicos, para os que financiam as pesquisas e para os cientistas que investigam o assunto. O sexo é uma dádiva divina, é um complemento perfeito e sublime, quando envolto pelo amor e não pelo simples ato de prazer.
Onde fica a sede do sexo? Se fosse no órgão sexual a situação era mais fácil... Era só uma questão de estimulação mecânica e a questão do prazer estava resolvida. Mas, a sede do sexo está na alma, e aí, para se obter o verdadeiro prazer, aquele que nos deixa plenos, é preciso que a mente e o sentimento estejam envolvidos no processo. Não obrigatoriamente ambos, pois existe o sexo sem amor, embora que, com o tempo, ele se torne vazio, frustrante, não saciante. O sexo feito com amor nos diferencia dos animais irracionais, se feito apenas pela necessidade, pelo instinto, nos iguala a eles.
Quantos são os casais que se deixam vencer pela rotina, e, com o tempo, deixam de fazer amor e fazem apenas sexo? Depois, fica a sensação de vazio. Da mesma forma que cuidamos do físico nas academias, buscando ter as curvas mais perfeitas, o corpo mais rijo, mais definido; assim como cuidamos da aparência física, dos cabelos, das unhas, das roupas, devemos cuidar também das nossas relações, alimentando-as com romantismo e criatividade. É preciso conhecer o corpo, saber onde e como maximizar o prazer. Poderemos ter boas surpresas. É importante também conhecermos o corpo do parceiro, uma exploração de corpos é conveniente, temos tantos recursos, mãos e bocas, por exemplo. Cheiros e gostos são extremamente estimulantes. No dia a dia os parceiros vão se desnudando e a intimidade é cúmplice de uma nova descoberta a cada dia. Falar, seduzir, provocar, insinuar, faz parte dos jogos amorosos. Sexo e seus complementos, uma atividade que nos deixa mais felizes e relaxados.  É simples assim, e quando o desejo vem junto com o romantismo, com o amor, aí o sexo é gratificante e lindo.
 É comum ouvirmos mulheres falando em fazer sexo por obrigação, ainda nos dias atuais, casadas e com filhos. Com certeza, não sentem nenhum prazer, deixam apenas que os maridos usem seus corpos, cumprindo assim o “dever matrimonial”. Outras, livres e resolvidas, têm dificuldades em encontrar um parceiro, porque aquela velha história de ter um único parceiro para toda vida, não é mais uma realidade para muitas mulheres. Algumas pessoas não desejam um casamento, mas gostariam de um parceiro fixo. Chegamos ao ponto em que as pessoas preferem a liberdade de ter um parceiro só por alguns minutos de prazer. É o sexo ocasional, para uns seria promiscuidade, mas há quem goste.
Hoje em dia, a vulgaridade grassa em tudo, até no sexo, onde as pessoas se preocupam tanto com as performances, ou ainda com a quantidade de vezes que pratica o sexo, que se esquecem do principal: a troca de energias. Sim, porque praticar sexo é trocar energias poderosas, que podem nos plenificar, nos deixar felizes, ou podem nos sugar e deixar vazios e infelizes. Sexo por sexo, sem que haja envolvimento emocional, sem carinho, é como fast food, no início pode até ser bom, mas, com o tempo, perde o encanto, e nos deixa ainda com mais fome.
Amar e ser amado é a mais plena forma de desfrutarmos o bom da vida. Mas, cabe a cada um analisar e discernir o que é melhor em matéria de sexo, para a sua vida, e qual seja a melhor forma de amor, Só assim cada um terá o prazer e a felicidade de um bom chocolate com morangos, no calor dos corpos que se entrelaçam num querer sem fim.


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