ACOLHE-ME
Vólia Loureiro do Amaral Lima
Faz tempo
que voo,
Em uma
jornada longa e cansada,
E só
encontrei terras áridas,
Que não
souberam compreender
A minha
poesia.
Até que
encontrei uma árvore frondosa,
De bela
copa, raízes fortes,
Feliz pensei
em lá construir meu ninho,
Que
abrigaria a minha poesia.
E por um
tempo eu cantei,
E a poesia
nascia feliz nas madrugadas
Vibrantes de
alegria.
Belos
tempos, belos dias.
Porém, o
vento teve ciúme de tanta poesia,
E soprou
forte, e tenta me tirar o abrigo,
Tenta me
fazer perder o norte.
Só tu,
árvore amiga,
És capaz de
me salvar,
Acolhe-me em
teu regaço,
E não me
permitas derivar.
Sem a
firmeza, dos teus galhos,
Sem a
proteção da tua sombra amiga,
Serei mais
uma ave perdida,
Que voa, de
verão a verão.
Como ave de
arribação.
(Todos os direitos reservados)
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