CUMPLICIDADE
É um entendimento forte e
especial entre duas ou mais pessoas, pode acontecer entre casais, família,
amigos, colegas de trabalho... É uma concordância de pensamentos, atitudes e
comportamentos. Cumplicidade é companheirismo
levado ao extremo. É entender o que diz um olhar, sem necessidade de palavras.
É decifrar os pequenos gestos, as atitudes mais simples, as poucas palavras...
Cumplicidade é, às vezes, não
necessitar de justificativas, de razões, de pedidos. Quando ela existe, o
coração entende. Ser cúmplice é andar sempre olhando na mesma direção,
partilhando sonhos, conquistas e dores. Ser amigo na felicidade é fácil,
suportar o choro por um dia é possível, caminhar juntos uma vida inteira,
sabendo que a vida passa veloz como o tempo, e que não volta mais é escolha...
Aí entra a bendita cumplicidade, aquela que, sendo amor e amiga, chora e sente
sua dor. A mesma que, em outro momento, sorri e compartilha da sua ascensão e
conquistas, sem delas tirar proveito.
É uma palavra forte, aquele
sentimento de que você pode contar com o outro em qualquer circunstância. Ela é
prova de sintonia. Falar em cumplicidade é falar em aceitação plena, em
concordância mútua. É uma atitude que pode ser bela quando por causa dela somos
capazes de acolher e seguir a pessoa a quem devotamos amor, amizade, mesmo que
isso possa nos trazer desconforto ou sofrimento.
Relacionamentos cúmplices caminham em uma
mesma direção, ainda que façam curvas diferentes, descubram trilhas diversas,
se enveredem por atalhos paralelos. Mas estarão juntos, focados num objetivo
comum, seguindo uma mesma luz! Cúmplices não estabelecem regras, apenas vivenciam os
acontecimentos lado a lado. Almas que se falam, se tocam numa melodia divina,
são cúmplices além da vida.
Quando falta a cumplicidade, seja
entre casais, equipes de trabalho, entre amigos, numa esquina qualquer, os
trilhos mudam de rumo, os laços se desfazem, os passos perdem o sentido, o
olhar se desvia. Ela é formada por
sentimentos, valores, acontecimentos, sorrisos, e choros, que serão parte de
todo momento partilhado. Porém, é preciso que o amor não nos deixe cegos e que,
por conta da cumplicidade, aceitemos situação ou coisas que vão de encontro com
os nossos valores, porque isso deixa de ser cumplicidade e passa a ser
subserviência.
Em outra situação a cumplicidade,
como tudo na vida, tem o seu lado ruim: podemos ser cúmplices de atitudes não
recomendadas e até mesmo criminosas. Ser conivente com o erro do outro, ou
apenas fechar os olhos para as coisas erradas, nos torna coautor do ato indevido.
Às vezes, no nosso dia a dia, por covardia, comodismo, fechamos os olhos para
as coisas erradas, vemos o erro, mas para não nos envolvermos, simplesmente o
ignoramos. Isso também é uma forma de cumplicidade, a conivência com o erro.
Essa postura pode nos levar a lamentar no futuro. Não precisamos nos envolver
com o mal, mas devemos ter atitude diante das coisas erradas, principalmente
quando envolve prejuízo para as demais pessoas, seja físico ou moral. Cumplicidade é ter atitude!!!
“Há entre nós algo
melhor que um amor: uma cumplicidade. “
Margaret
Youcenar
(Texto a cinco mãos escrito por Cristiane Vilarinho, Maria Luíza Faria, Nell Morato, Suely Sette e Vólia Loureiro)
Lindo...lindo...lindo!! Parabéns, princesas! Pura cumplicidade de ideias!!Mais uma vez, um texto primoroso! Bjs!
ResponderExcluirNem sempre funciona assim.
ResponderExcluir“Pela primeira vez em quarenta anos, olhei para ela e não consegui me lembrar do que sentia quando não podia andar pela rua sem segurar a sua mão". " Ela era a mesma mulher por quem eu me apaixonara. Não havia mudado. Mas, de algum modo, tudo estava diferente. Algo ficou pelo caminho...
Esta frase dita pelo mecânico Carter Chambers, no filme “Antes de Partir”, sintetizava o seu sentimento, ou a falta dele, em relação à esposa com quem compartilhara boa parte da vida. E esse desabafo acontece com muita frequência quando os casais vivem dias de correrias e muito estresse para o sustento de seus lares. Um instante crucial quando, de repente, surge um vazio em suas vidas e faz que repensem os relacionamentos afetivos depois de anos de vida em comum. E não será necessário um motivo de força maior para que aconteça, como uma traição, agressão física ou coisa parecida. Apenas ocorre um esfriamento na relação sem que, aparentemente, exista uma causa que o justifique.
Por que essas coisas acontecem? Não seria um contrassenso permitir um sentimento desse depois de uma vida inteira de cumplicidade? A primeira vista diria que sim, mas existem outros fatores a serem considerados, e que no fim justificariam a razão desse procedimento que coloca em xeque uma estrutura erguida por décadas. E eles são tão variados e complexos, que seria quase impossível alguém tentar enumerá-los na ponta de um lápis.
Todos se questionam sobre muitas coisas, e ao fazerem isso permitem que os seus passos se tornem vacilantes em relação à sustentação do casamento em suas mais variadas formas de união consensual. Um período que poderá até vir a ser superado, quando se descobre que tudo não passou apenas de uma pequena indecisão sem nenhuma sustentação que levasse a uma deliberação drástica.
De qualquer forma, é um momento que exige de todos nós uma profunda reflexão sobre as possíveis causas do seu aparecimento. É importante que assim seja, para que o relacionamento do casal continue, se for o caso, calcado em bases sólidas que resistam, com galhardia, eventuais novos questionamentos no futuro de uma vida a dois.
LINDO DEMAIS!!!!
ResponderExcluirparabéns, pelo texto a cinco mãos. Que cumplicidade!
ResponderExcluirObrigada Maria Tereza ! Bem vinda sempre!
ResponderExcluirObrigada Sandra Rebelo!
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