sábado, 7 de fevereiro de 2015

BALÉ DO AMOR



BALÉ DO AMOR

Vólia Loureiro do Amaral Lima


Vejo pipas coloridas,
Que voam descontraídas,
Brincando no céu azul.
Adiante, nuvens brancas,
Quais mansos carneiros,
Deslizam no macio azul,
E têm para si, o dia inteiro.


Eu também voo com elas,
E meu pensamento desliza,
Acompanha a mansa brisa,
Da tarde quente e morosa.
A doçura do instante,
Traz uma preguiça gostosa.

As pipas dançam pelo céu,
O seu balé ritmado,
Meu coração pensa em ti,
E bate descompassado.
No céu, o Sol se despede,
Fala de um sonho terminado.

Queria fôssemos as alegres pipas,
E, juntos, pudéssemos bailar,
Voando no céu dos desejos,
E entre sonhos e beijos
Um pleno amor realizar.

Mas, cai a noite,
E o sonho se esconde,
Por trás do manto de estrelas,
As pipas fogem no céu negro,
E voltam aos abrigos dos medos.

Só resta espera o amanhã,
E deixar nova brisa soprar,
Talvez, as coloridas pipas voltem,
E, voltando das estrelas,
Eu possa voltar a sonhar.


20/01/2015

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