EU ME AMO! O QUE É AUTOESTIMA?
Em Psicologia, autoestima inclui
uma avaliação subjetiva que fazemos de nós mesmos, podendo ser negativa ou
positiva (Sedikides & Gregg, 2003). Ela pode ser característica permanente
da personalidade, ou condição psicológica passageira.
Gostar de si... Todo mundo possui
autoestima, a prova disso é que, o primeiro desejo de qualquer pessoa é ser
feliz, e só é feliz quem gosta de si. Acontece que muitas vezes não sabemos
“gostar” de nós mesmos e condicionamos a nossa felicidade e autoestima a coisas
externas a nós: pessoas, dinheiro, saúde, beleza, fama, etc. É claro que essas
coisas ajudam, mas não é o que nos faz realmente felizes, a felicidade está na
nossa autoestima bem equilibrada, esta, produz a segurança íntima e a
plenitude.
Almejamos competência, queremos
ser aceitos e bem vindos, gostamos de acertar sempre. Mas somos seres humanos
limitados, passíveis de erros e acertos. Vivemos em um turbilhão de emoções,
que nos levam do choro ao riso, da mágoa ao perdão, da dor à alegria.
Amar a si mesmo parece uma tarefa
fácil, mas não é; parece que sempre falta alguma coisa. Nossas atitudes e
comportamentos diante dos fatos da vida nos levam, muitas vezes, a agir em
desacordo com o nosso desejo. Viver em uma sociedade requer compartilhamentos
diversos. Assim, entre tantos haveres, nossa capacidade de atuação ante às
solicitações cotidianas pode não atender às nossas expectativas e isso poderá
criar frustrações e abalar a nossa autoestima, e, sem que possamos nos dar
conta, mergulhamos num abandono próprio, cruel e destrutivo.
Ao baixar o nível da nossa
autoestima, abrimos as portas de nossas defesas íntimas, o nosso organismo
acompanha o nosso estado de alma e o nosso sistema imunológico passa a se
tornar deficitário, pois deixamos de produzir as imunoglobulinas suficientes e
responsáveis pela nossa defesa contra as doenças, então adoecemos: infecções de
vários tipos, doenças autoimunes e, até mesmo o câncer, encontra porta de entrada. Além das doenças físicas também as doenças
psicológicas podem se instalar. As depressões em vários níveis, a Síndrome do
Pânico, entre outras. Imprescindível é o autoconhecimento, ele é o termômetro
que nos alertará contra o perigo. Precisamos de um tratamento severo.
A autoestima deve ser estimulada
e alimentada desde a infância, de forma que, quando chegarmos à adolescência,
período bastante crítico, devido a todas as transformações que o corpo/mente
naturalmente se submetem, possamos passar por essa fase sem grandes prejuízos e
alterações de comportamento.
Às vezes, basta meia dúzia de
palavras para levantar a nossa autoestima. Basta um elogio sincero, que sabemos
ter vindo do coração; um olhar diferente, um sorriso caloroso, um gesto de
aceitação para que tudo volte a valer a pena, Não é por vaidade que
necessitamos de um olhar mais atento do outro, de quem convive conosco, de quem
nos conhece e sabe de nossas incertezas. Não é por vaidade que esperamos um
elogio, quando o merecemos, ou um gesto especial que confesse que fomos
percebidos, notados. Não é só por vaidade que queremos nos ver bem, diante do
espelho. Bem por dentro e bem por fora, é porque isso ajuda a levantar a nossa
autoestima e nos faz acreditar em sonhos. E melhor, nos faz crer que estes são,
realmente, possíveis, ainda que tudo indique o contrário.
Gostar de si não é sinal de
vaidade ou egoísmo. É ser verdadeiro, conhecendo os seus limites e limitações
e, ainda assim, ser feliz. Não significa também ser acomodado, sempre podemos
melhorar, uma coisinha aqui, outra ali... Mas, sem ansiedade, com bom-humor e
alegria.
Gostar de si é perceber que,
mesmo estando sozinhos, nos bastamos e conseguimos nos divertir, encontrar
prazer , de forma leve e de bem com a vida.
As pessoas de baixa autoestima
são sempre lúgubres, mal-humoradas, metódicas e pesadas. Condicionam o seu bem
estar a uma série de coisas externas e, porque não se amam, não se fazem amar.
Manter a autoestima é, na
verdade, cuidar do que somos, sem nos esquecermos de que nosso desempenho na
vida dependerá desse gostar de si mesmo. Basta-nos acolhimento, compreensão,
sensibilidade e respeito para nos reerguermos e acreditarmos que nosso valor
independe dos olhos que nos veem. Então, que possamos fazer a diferença. Com
apenas um sorriso, podemos mudar uma vida. Devemos confiar, acima de tudo, no
nosso poder interior, deixar fluir a nossa força, dando o melhor de nós. Devemos
nos propor a fazer aquilo que nos dê prazer, o que nos faz bem. Façamos tudo
com amor, acordemos agradecendo por todas as nossas conquistas, elogiemos os
nossos amigos. Sejamos positivos, mesmo que existam pedras impedindo o nosso
caminho.
A autoconfiança faz parte do
poder de transformar água em vinho. Devemos acreditar que somos pessoas
especiais.
Jesus nos ensinou a amar o
próximo como a nós mesmos, então, que saibamos nos amar, sem egoísmo, sem nos
achar a coisa mais importante do mundo, e sim que somos importantes para nós
mesmos, com todos os nossos valores, com o nosso jeitinho e sempre buscando
melhorar aquilo que deve e pode ser melhorado, mas, sempre com bom-humor.
“Se você quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo.
Quem acredita sempre alcança.” (Mais uma vez – Renato Russo)
Excelente texto. Muito verdadeiro. Um alerta à todos nós, pois não percebemos as pequenas coisas, porém importantes que fazem com que nos negligenciamos. Perfeito
ResponderExcluirPatty Freitas
Meninas vocês são fantásticas... Lendo... Meditando e Aprendendo com os textos de vocês que são cada vez mais obras dignas de aplausos. Parabéns a todas vocês que fazem o Castelo Literário
ResponderExcluirDesculpem-me comentei como Gil Ordonio ao invés de Gábata Almenon.
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