quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

QUEM CONTA UM CONTO... CONTA A CINCO MÃOS - OS TRÊS DESEJOS





OS TRÊS DESEJOS

Qual o adulto com mais de 30 anos que não conhece a história de Aladim e a Lâmpada Maravilhosa? Quem não se lembra de Jeanne É Um Gênio, seriado de TV, estrelado pelos atores americanos Larry Hagman e Barbara Eden? Acho que  toda criança imaginava o que faria, se encontrasse uma lâmpada mágica... E os adultos, também deviam ficar imaginando o que fariam, caso tivesse, entre as mãos se, esse mágico objeto.
As histórias que versam sobre gênios contam que, quem encontrasse uma lâmpada e libertasse o gênio que havia nela, teria o direito de ter três desejos realizados. Fiquei a pensar o que faria se tivéssemos a chance de ter três desejos realizados. O que deveríamos pedir?
Poder realizar três desejos... É sonho ou magia diriam alguns.  Falar em desejos pode ser complicado para algumas pessoas... Sabemos que, em muito corações, eles moram ocultos e, muitas  vezes, são inconfessáveis. Outros se ocultaram tanto, que nunca se deixarão mostrar.
O que faríamos? Pensaríamos nas pessoas, no coletivo, ou apenas em nós? Se nos perguntam o que mais desejamos, de imediato, a primeira coisa que nos vem à mente quando se fala em desejos é: felicidade. O desejo de ser feliz e, normalmente, pode-se pensar em dinheiro, beleza, fama, juventude, saúde, encontrar um amor... Essa é a visão materialista e individualista do fato. Porém, deveríamos pensar bem no que deveríamos pedir, porque, nem sempre, sabemos o que pedimos. Tudo na vida tem a sua consequência.
Dinheiro, juventude, sucesso são coisas boas, mas não são capazes de, por si só, manterem a nossa felicidade. É preciso pensar de uma forma mais ampla, que, mesmo individual, traz a paz ao coletivo.
Que tal se desejássemos paz, saúde para desfrutar a vida;  amor, para aquecer a alma e união, que nos tornam iguais? 
O segredo da felicidade está em três comportamentos que devemos buscar desenvolver: Alegria de viver, inteligência para compreender as pessoas e os acontecimentos da vida e ter sensibilidade de ver a mesma pelo prisma do amor. Esses comportamentos têm sido negligenciados por causa do egoísmo e orgulho do ser humano. Precisamos ser mais humildes e altruístas.
Pensando bem, para encontrar a nossa felicidade, não precisamos encontrar uma lâmpada mágica, nós podemos ser o próprio gênio da lâmpada. Não digo nos poderes mágicos e fantasiosos, é uma forma muito simplista essa de querer resolver todos os problemas humanos com um simples piscar de olhos. Então, se queremos que o mundo se transforme, que haja paz e felicidade; que as guerras acabem, assim como acabe a violência, a fome, o vício e a maldade, a corrupção, sejamos mais altruístas e menos preconceituosos, começando por transformar o nosso universo íntimo.
Que possamos ser gênios, anjos, através da própria educação espiritual. Porque o mundo não pode ser mudado com atos instantâneos, com passes de mágica, ou pela presença de super–heróis salvadores da pátria. Todavia, podemos mudar o mundo, nos modificando, aprendendo a amar e a trabalhar pelo bem, simplesmente pelo amor que em nós deve brotar e crescer.


“Entre mim e mim, há vastidões bastantes para a navegação de meus desejos afligidos.”


Cecília Meireles

(Texto a cinco mãos, pelas escritoras Cristiane Vilarinho, Maria Luíza Faria, Nell Morato, Suely Sette e Vólia Loureiro)

Um comentário:

  1. Muito bom contexto meninas. Delicadamente fabuloso, entender que as coisas boas precisa, antes, partir nós mesmo. Parabéns!

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