OS TRÊS DESEJOS
Qual o adulto com mais de 30 anos
que não conhece a história de Aladim e a Lâmpada Maravilhosa? Quem não se
lembra de Jeanne É Um Gênio, seriado de TV, estrelado pelos atores americanos
Larry Hagman e Barbara Eden? Acho que
toda criança imaginava o que faria, se encontrasse uma lâmpada mágica...
E os adultos, também deviam ficar imaginando o que fariam, caso tivesse, entre
as mãos se, esse mágico objeto.
As histórias que versam sobre
gênios contam que, quem encontrasse uma lâmpada e libertasse o gênio que havia
nela, teria o direito de ter três desejos realizados. Fiquei a pensar o que
faria se tivéssemos a chance de ter três desejos realizados. O que deveríamos
pedir?
Poder realizar três desejos... É
sonho ou magia diriam alguns. Falar em
desejos pode ser complicado para algumas pessoas... Sabemos que, em muito
corações, eles moram ocultos e, muitas
vezes, são inconfessáveis. Outros se ocultaram tanto, que nunca se
deixarão mostrar.
O que faríamos? Pensaríamos nas
pessoas, no coletivo, ou apenas em nós? Se nos perguntam o que mais desejamos,
de imediato, a primeira coisa que nos vem à mente quando se fala em desejos é:
felicidade. O desejo de ser feliz e, normalmente, pode-se pensar em dinheiro,
beleza, fama, juventude, saúde, encontrar um amor... Essa é a visão
materialista e individualista do fato. Porém, deveríamos pensar bem no que
deveríamos pedir, porque, nem sempre, sabemos o que pedimos. Tudo na vida tem a
sua consequência.
Dinheiro, juventude, sucesso são
coisas boas, mas não são capazes de, por si só, manterem a nossa felicidade. É preciso
pensar de uma forma mais ampla, que, mesmo individual, traz a paz ao coletivo.
Que tal se desejássemos paz,
saúde para desfrutar a vida; amor, para
aquecer a alma e união, que nos tornam iguais?
O segredo da felicidade está em
três comportamentos que devemos buscar desenvolver: Alegria de viver,
inteligência para compreender as pessoas e os acontecimentos da vida e ter
sensibilidade de ver a mesma pelo prisma do amor. Esses comportamentos têm sido
negligenciados por causa do egoísmo e orgulho do ser humano. Precisamos ser
mais humildes e altruístas.
Pensando bem, para encontrar a
nossa felicidade, não precisamos encontrar uma lâmpada mágica, nós podemos ser
o próprio gênio da lâmpada. Não digo nos poderes mágicos e fantasiosos, é uma
forma muito simplista essa de querer resolver todos os problemas humanos com um
simples piscar de olhos. Então, se queremos que o mundo se transforme, que haja
paz e felicidade; que as guerras acabem, assim como acabe a violência, a fome,
o vício e a maldade, a corrupção, sejamos mais altruístas e menos
preconceituosos, começando por transformar o nosso universo íntimo.
Que possamos ser gênios, anjos,
através da própria educação espiritual. Porque o mundo não pode ser mudado com
atos instantâneos, com passes de mágica, ou pela presença de super–heróis
salvadores da pátria. Todavia, podemos mudar o mundo, nos modificando,
aprendendo a amar e a trabalhar pelo bem, simplesmente pelo amor que em nós
deve brotar e crescer.
“Entre mim e mim, há vastidões
bastantes para a navegação de meus desejos afligidos.”
Cecília Meireles
(Texto a cinco mãos, pelas escritoras Cristiane Vilarinho, Maria Luíza Faria, Nell Morato, Suely Sette e Vólia Loureiro)
Muito bom contexto meninas. Delicadamente fabuloso, entender que as coisas boas precisa, antes, partir nós mesmo. Parabéns!
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