A VIOLÊNCIA CONTRA A
MULHER
Violência contra a mulher.... Um
tema recorrente que ultimamente ganhou as páginas dos principais jornais do
país. A violência choca pela covardia, o poder da força bruta, desconsiderando
a força que se hospeda na alma feminina e o carinho com que deveriam ser
tratadas todas as mulheres.
Aqui falamos da violência que
marca o corpo, mas é importante refletirmos sobre a violência surda que causa a
tetraplegia da alma da mulher.
Onde começa a violência feminina?
Até onde vai? Que aspectos toma? Será que esta se resume apenas à violência
física?
Começa na História da Humanidade,
no fato de ser a mulher fisicamente mais frágil que o homem. Até o século XV a
Igreja discutia se a mulher teria alma! Por séculos, mulheres foram e são
silenciadas pela arrogância, prepotência, desrespeito, pelo desamor da
sociedade que enterrou o feminino da alma sob a lama do machismo insensível e
cruel. Machismo vestido de “senhor”, “protetor”, “dono”, quando a menina é
educada para obedecer sempre, para considerar-se inferior ao homem.
Por muito tempo a mulher foi
educada a pensar que o seu papel na sociedade era de ser apenas esposa e mãe. A
rainha do lar e que deveria depender do seu marido e senhor, não lhe restando
alternativa que não fosse acatar todas as suas ordens e desejos. Até o sexo
para ela não deveria ser prazer, mas obrigação conjugal (mulher “séria” não
deveria ter orgasmo, isso era coisa de prostituta, assim eram ensinadas as
nossas avós e mães).
Com o tempo, com o advento da pílula
anticoncepcional, essa visão de mulher submissa foi perdendo espaço, embora
ainda encontremos mulheres nessa condição, mas a mulher de hoje luta em assumir
o seu papel na sociedade, como profissional, cidadã e política.
No Brasil, até meados 1988 a
mulher era considerada civilmente incapaz, não tendo CPF, não podendo assinar
nenhum contrato, assumir emprego público, sem a autorização do marido. Somente
com a nova Constituição a mulher adquiriu direitos plenos de cidadã.
Porém, apesar de todas as
conquistas sociais, a mulher ainda é vítima da violência do homem. Vivemos em uma cultura, cruel e dominadora,
de valores e conceitos deturpados. Somos vítimas de uma sociedade mesquinha,
que não reconhece as vontades próprias. Em quase todas as culturas do mundo, o
sexo feminino é comparado a um objeto. Ainda hoje as mulheres são agredidas,
mutiladas e mortas pela mão violenta do homem que a considera como inferior,
como coisa, propriedade, como um troféu e não ser humano dotado dos mesmos
direitos que ele. E o pior é que, muitas vezes, a sociedade concorda com tal
fato. Em muitos casos de violência
sexual, as vítimas são vistas pela sociedade como culpadas. Quantas vezes não
ouvimos a frase: “mas ela provocou!” “Se estivesse em casa tal fato não teria acontecido!”, “ Se não tivesse tal comportamento teria
evitado”. E assim a sociedade absolve o agressor e condena a vítima.
Fala-se muito da violência
física, porém importa falar na violência psicológica, moral, financeira que
sofremos: a cantada grosseira e barata com que muitas vezes recebemos de forma
desrespeitosa nas ruas, a agressão psicológica que vem através das palavras
ásperas e duras, das ameaças recebidas dos maridos, namorados, companheiros,
que veem a mulher como propriedade destes; a discriminação salarial, quando
exercendo no trabalho uma mesma função, normalmente a mulher ganha 1/3 do que o
seu colega masculino.
O silêncio é também violência. O
silêncio gelado, protegido por olhares que chicoteiam, o silêncio amparado
pelos lábios indiferentes, que assiste às torturas e julga que aquilo faz parte
de outra cultura, de outro modo de viver. Quantas mulheres não têm vivido sob o
jugo do silêncio! Quantas mulheres são desprotegidas, expulsas dos vagões dos
sentimentos, dos afetos, do carinho e do respeito a que têm direito?! Ainda
hoje presenciamos atos abomináveis e a sociedade se emudece, não grita como
deveria fazer; não levanta a voz nos tribunais como deveria ser feito. Não
ampara e nem protege. É fundamental reconhecer que a pior violência é se calar
diante desse comportamento doentio e opressor. Vivemos no século XXI,
caracterizado pela democracia, pela igualdade de direitos. Porém a violência
contra a mulher ainda é tolerada!
Assim, assusta-nos a ainda mais a
ignorância que permanece no ar, mesmo sabendo que a informação que se encontra
ao alcance de todos, mesmo considerando o avanço tecnológico e as incríveis
descobertas da Ciência, mesmo diante dos avanços sociais, ainda seguimos como
no passado, a lei do mais forte imperando. Os coronéis que viam em suas
mulheres a progenitora, a santa, que de tão santa era abusada, dominada,
silenciada pelo medo, que ainda reina em muitos lares, em muitas sociedades nos
dias atuais.
As mulheres são a vida, somos as
geradoras da vida, amamos os homens, nossos maridos, filhos, irmãos, amigos,
companheiros de jornada evolutiva. Tudo o que queremos é a igualdade de
direitos, é um olhar mais carinhoso, é que a nossa fragilidade física seja
vista, não como uma desvantagem, um ponto de inferioridade, mas como um
encanto, algo que deve ser amado e respeitado. Pedimos carinho e respeito e que
se preserve o nosso direito à vida, à individualidade. O nosso direito de
cidadã, tão inteligente e produtiva quanto o homem, de ir e vir, de se portar e
vestir como nos aprouver, de sermos respeitadas e que sejamos compreendidas e
amadas. Porque, sinceramente, homens, sem nós, vocês não existiriam!
Texto a quatro mãos pelas
Princesas do Castelo Literário – Cristiane Vilarinho, Maria Luíza Faria, Suely
Sette e Vólia Loureiro.
Assunto muitíssimo importante, e ainda hoje não resolvido! Passam os séculos e a mulher continua em posição inferior, dominada pelo machismo inescrupuloso e cruel! O homem pode ter mais força física, mas a mulher tem a sensibilidade e a intuição aguçada, que a torna mais sábia, mais humana. Os homens sabem disso! Será que sua prepotência machista não é pura inveja das virtudes femininas?
ResponderExcluirEla representa o que de melhor se pode idealizar. Uma espécie de divindade que reina com absoluta liberdade pelos caminhos do coração e da razão, e um ser que exprime o ápice da criação por ser detentora das mais lindas emoções.
ResponderExcluirA delicadeza e a realeza de sua presença fazem que nos tornemos submissos diante dos atributos que compõem a sua essência primordial. Mesmo que por alguns instantes pareça frágil e vacilante, na verdade é forte e dominante em tudo que faz, ao oferecer uma nova perspectiva à própria vida que retém e desenvolve em seu ser, ostentando uma capital proeminência no âmago de nossa consciência.
Dentro dessa particularidade, vive em cumplicidade e harmonia com a natureza que a prestigia com a fragrância e a suavidade das rosas, embriagando e saciando o nosso espírito carente de sua desejada afeição. Representa, também, a esperança da renovação e o sustentáculo de uma bela emoção, ao usar a sua nata sedução para conquistar a nossa eterna admiração, fazendo-nos cativos da especial formação que a eleva aos pináculos da concepção. A musa que contribui com belas virtudes para o perfeito relacionamento com o seu parceiro.
A obra primordial de um ser especial no caminhar da humanidade, ao conduzi-la ao seu grandioso destino através da cumplicidade com o seu oposto, e este ainda que ocupe um alto posto social, sempre lhe deverá a sua ascensão profissional, pois dela provém a persistência e o companheirismo que influenciarão o seu correto caminhar, além de trazer auspiciosos dividendos aos relacionamentos que se afinem dentro dessa maravilhosa perspectiva.